Castas da vinha

Que há vinhos bons em todo os cantos do mundo, lá isso há...mas os vinhos portugueses, ai os vinhos portugueses...esses, têm uma personalidade diferente e são tão diversificados que saciar a nossa sede nunca foi um problema! Portugal tem uma forte tradição vitivinícola e possui as condições únicas para a produção de vinho de excelente qualidade. Não somos nós que o dizemos, os nossos vinhos falam por si e são indiscutivelmente reconhecidos por todo o mundo, com ou sem prémios e distinções entre as suas conquistas. Queres saber um pouco mais sobre as principais variedades de castas que dão origem aos vinhos do local mais privilegiado do mundo? Então esta secção é para ti.

 

CASTAS TINTAS

  • Alfrocheiro
    Natural da região do Dão, esta casta encontra-se em quase todas as regiões do país, sendo mais expressiva de onde é natural e no Alentejo. Produz vinhos  ricos e bem equilibrados com aromas finos a frutos vermelhos e silvestres.
    • Alicante Bouschet

    Gostas de vinhos intensos de cor carregada e boa estrutura? Esta casta de origem francesa é uma casta tintureira, bem enraizada em terras Alentejanas, região onde produz alguns dos seus melhores vinhos. No Alentejo existem videiras desta casta com mais de 100 anos! Além da boa cor, os seus vinhos têm uma enorme capacidade de envelhecimento.

    • Aragonez / Tinta Roriz

    Casta ibérica por excelência, é predominante em ambos os países e facilmente adaptável a diferentes climas e solos. Costuma acompanhar outras castas, como a Touriga Nacional e Touriga Franca no Douro, bem como a Trincadeira e Alicante Bouschet no Alentejo. Normalmente produz vinhos com aromas florais, a amora e cereja.

    • Jaen

    O seu território, a região do Dão. É uma casta vigorosa mas muito delicada. Embora não seja tão reconhecida pelo consumidor português,  os seus vinhos quando bem produzidos, apresentam boa cor, são suaves e macios, com um aroma intenso de fruta muito madura, de frutos silvestres. É uma variedade  rústica, mas sedutora.

    • Syrah

    Talvez a casta estrangeira que melhor se adaptou ao clima português,  particularmente no Alentejo, e que nos últimos anos tem marcado presença na composição de bons  vinhos portugueses. Produz vinhos macios, frutados, apimentados e fáceis de beber.

    • Touriga Franca

    Uma casta versátil e de boa produtividade. Dá origem a vinhos de elevada qualidade, sendo regularmente associada com as castas Tinta Roriz e Touriga Nacional. É nos vinhos do Douro que tem maior protagonismo. Produz vinhos aromáticos que sugerem notas florais e a amoras, bem equilibrados e com excelente potencial de envelhecimento.

    • Touriga Nacional

    Considerada por muitos como a melhor casta de Portugal, a touriga nacional compõe vinhos desde o Douro ao Alentejo. É uma casta nobre, de cores intensas que dá estrutura e corpo ao vinho, conferindo também sabores explosivos e concentrados, florais e a frutos pretos. Muito apreciada em Portugal, tem excelente capacidade de envelhecimento.

    • Trincadeira 

    Também conhecida por Tinta-Amarela no norte de Portugal, no Alentejo esta casta  é frequentemente associada com a casta Aragonez, produzindo vinhos encorpados e com boas condições para envelhecer bem em garrafa. É uma casta muito temperamental,  mas rica em cor e aromas  frutados e vegetais.

     

     CASTAS BRANCAS 

    • Alvarinho

    Originária do noroeste peninsular, é a casta branca ibérica mais nobre e (re)conhecida. Cultivada particularmente na sub-região de Monção e Melgaço onde encontramos os seus melhores vinhos, com características elegantes, perfumadas e delicadas. Tem um enorme potencial de envelhecimento, cujos aromas predominantes atingem diferentes niveis de complexidade consoante a idade. As suas notas variam  entre o pêssego, limão, maracujá, lichia, jasmim, flor de laranjeira e erva-cidreira. 

    • Antão Vaz

    Produz excelentes vinhos brancos com fresco, encorpados e que apresentam notas cítricas e ideais tropicais para apreciar num clima quente. É uma casta versátil capaz de dar uma grande variedade de estilos de vinho. A época de colheita é, por isso, uma consideração importante. É uma casta bastante valorizada nas novas vinhas alentejanas.

    • Arinto

    Presente em grande parte do território português, é uma excelente escolha para o Verão. Os vinhos que produz são vibrantes, refrescantes e de acidez viva. Os aromas de maçã verde, lima e limão são algumas das características que nos deixa na boca.

    • Encruzado
    Uma das raras castas brancas, autóctone do Dão, que se caracteriza por dar origem a vinhos de uma qualidade excepcional. Apresenta aromas complexos e untuosos, com notas cítricas, florais e a resina. Os seus vinhos são estruturados, com boa graduação alcoólica e bom potecial de envelhecimento .
    • Loureiro
    Para quem aprecia vinho verde, não há como não falar desta casta. Com origens no vale do rio Lima, possui uma enorme expressão aromática e dá origem a vinhos elegantes, com uma personalidade intensa. Apresenta aromas que nos permitem saborear flor de laranjeira, acácia e tília, ou até mesmo maçã e pêssego.
    • Trajadura

    De origem minhota, é frequente ser emparelhada com o Alvarinho devido ao seu elevado grau alcoólico. Os seus vinhos apresentam aromas discretos a pêssego, alperce, maçã e pêra, bem como  flor de laranjeira.

    • Viosinho

    É no Douro e Trás-os-Montes que encontra as suas origens. Produz vinhos bem estruturados e com um potencial moderado de envelhecimento. Esta casta é capaz de produzir vinhos tranquilos, ricos em álcool, sendo também apropriada para o vinho do Porto. É regularmente usada em vinhos de lote devido à falta de vigor, frescura e aroma.